No dia 08 de abril participo da mesa "Culturas digitais nos tempos de pandemia" na sétima edição do evento In-Comunicações, realizado pelo Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe (DCOS/UFS).
Minha apresentação trata das práticas de uso de smart speakers em situação de isolamento social, agravada pela pandemia. Argumentarei que, na situação pandêmica, a presença dos smart speakers avança não só na colonização do cotidiano doméstico, mas também da vida laboral. Esse argumento toma como base os resultados de entrevistas realizadas com usuários para a tese.
Para acompanha basta seguir o link abaixo:
Alexa, minha nova colega de trabalho
O contexto pandêmico produziu uma reviravolta significativa no cotidiano de boa parte da população mundial. Para muitos, isso significou a constituição de novas rotinas diárias de trabalho, através da adoção do trabalho remoto e da produção de diferentes tipos de home office. Esse processo culminou, em alguns casos, com o colapso dos espaços sociais tradicionais do “lar” e do “trabalho” enquanto os conhecemos. Coincidentemente, usuários de smart speakers passaram a conviver com seus assistentes pessoais virtuais não mais num contexto de intimidade e cotidianidade do lar, mas também no dia-a-dia das tarefas laborais.
A partir de dados obtidos por questionários e entrevistas com usuários de smart speakers, vamos buscar refletir e caracterizar as práticas de uso desses artefatos no contexto do colapso entre “lar” e “trabalho” alavancado pela pandemia do novo coronavírus. Nosso objetivo é verificar como os usuários negociam sua privacidade com esses dispositivos nesse novo contexto colapsado, expandindo a capacidade de penetração do capitalismo de vigilância em outras dimensões da vida.
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